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Relatório acabou aumentando a projeção de produção estadunidense
As cotações do milho em Chicago, após quase baterem em US$ 4,00/bushel durante esta última semana, cederam no final da mesma sob efeito do relatório de oferta e demanda do USDA. O fechamento desta quinta-feira (13) ficou em US$ 3,61/bushel, contra US$ 3,92 dois dias antes e US$ 3,80 uma semana antes. O referido relatório acabou aumentando a projeção de produção estadunidense, mesmo com redução de 3% na área semeada e clima nem sempre favorável até o momento. Com isso, a produção de milho nos EUA está, agora, prevista em 362,2 milhões de toneladas para esta safra, enquanto os estoques finais para o ano 2017/18 somam 59,1 milhões de toneladas. O patamar de preços médios aos produtores estadunidenses ficou entre US$ 2,90 e US$ 3,70/bushel. Ao mesmo tempo, a produção mundial de milho foi aumentada para 1,04 bilhão de toneladas, enquanto os estoques finais mundiais para este novo ano comercial ficam em 200,8 milhões de toneladas. A produção argentina está projetada em 40 milhões, com exportções de 28,5 milhões de toneladas, enquanto a brasileira está em 95 milhões de toneladas e exportações de 34 milhões.
Portanto, salvo maiores problemas climáticos daqui em diante, a oferta de milho é enorme e não deve permitir grandes alterações para cima nas cotações. Dito isso, o mercado considera que o relatório de oferta e demanda de agosto próximo será efetivamente aquele que irá considerar as perdas climáticas nos EUA. Com isso, alguns analistas creem que os volumes poderão vir menores do que os anunciados agora em julho. fora isso, a semana vivenciou ainda um clima quente e seco no Meio Oeste estadunidense, porém, surgiram informações de que o regime de chuvas tende a se normalizar a partir do dia 21/07. Se isso vier a se confirmar, a partir dos números baixistas do relatório deste dia 12/07, o quadro baixista nos preços de Chicago deverá ser retomado paulatinamente, consolidando o movimento iniciado nos últimos dias desta semana. Por enquanto, as condições das lavouras estadunidenses pioraram e até o dia 09/07 as mesmas atingiam a 65% entre boas a excelentes, sendo que 19% estavam em fase de polinização. No geral, assim como no caso da soja, é o quadro climático preocupante, no momento, que sustenta as cotações do cereal milho. Todavia, a volatilidade é enorme e a qualquer momento o quadro de mercado pode mudar. Aliás, se não fossem as especulações sobre o clima nos EUA Chicago não teria subido nestas últimas semanas e, até, poderia ter recuado mais em relação aos baixos valores vistos até o dia 23/06.
Na Argentina e no Paraguai, a tonelada FOB ficou em US$ 155,00 e US$ 95,00 respectivamente.
No Brasil, os preços pouco se modificaram. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 22,27/saco, enquanto os lotes oscilaram ao redor de R$ 26,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 13,50/saco em Sorriso e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 27,00/saco em Concórdia (SC). Diante das fortes oscilações em Chicago e da revalorização do Real perante o dólar muitos exportadores estiveram fora do mercado na semana. Em Goiás houve indicação de negócios junto aos produtores entre R$ 17,00 e R$ 17,50/saco para agosto e setembro. O sorgo ficou entre R$ 14,50 e R$ 15,00/saco naquele Estado.