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T&F alerta que qualquer problema com milho no país vizinho afeta a demanda e os preços no Brasil
Falta milho no mercado físico da Argentina, de acordo com fontes ouvidas pela T&F Consultoria Agroeconômica. “Não há milho físico no mercado, a colheita está muito atrasada! Desde o começo do mês, o carregamento do milho foi de aproximadamente 1,8 MT, contra 3,9 MT nomeado para o Junho inteiro. Não é um bom ritmo”, confirmou ao relatório da T&F.
Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, esse dado é importante porque qualquer problema com o milho na Argentina afeta a demanda e os preços do milho no Brasil: “Os prêmios do milho subiram 3-5 centavos FOB [na quarta-feira, dia 19 de Junho]. Isto ocorreu na maior parte em função da logística e das chegadas lentas dos caminhões vindos do interior no Porto, devido à chuva, de um lado e, de outro uma uma grande lista de navios esperando os embarques”.
“Para todo o ano de Mar-Fev, provavelmente 34-35 MT de milho serão exportadas. As exportações potenciais poderiam ser ainda mais elevadas se as demandas fossem maiores. Os fazendeiros estão ansioso para vender posições de agosto em diante. Os exportadores já originaram em torno de 23 MT desde o início do ano de comercialização, com produção acima 50 MT” contou essa fonte à T&F.
COLHEITA
Ainda de acordo com Pacheco, um segundo relatório de outra fonte revela que as chuvas durante a última semana impuseram atrasos na colheita de milho por falta de piso e pela umidade dos grãos. “Com um avanço de 44% sobre a área total, a colheita já atingiu, até o momento, 24,2 milhões de toneladas. Na área central, a safra já abrange aproximadamente 90% da área. As produtividades médias em todo o país são 9.270 kg/ha e a projeção da colheita está mantida em 48 milhões de toneladas”, conclui.
AGROLINK – 21/06/2019