A Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), representada pelo presidente Paulo Bertolini, participou nesta quarta-feira (18) de uma reunião com o ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin, em Brasília. O encontro contou também com a presença da ex-ministra e senadora Tereza Cristina, da Embrapa e das entidades como Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja MS), Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) e Bayer.
O setor apresentou ao vice-presidente Alckmin a importância de se incluir o tema da assincronia nas aprovações de biotecnologia entre Brasil e China no Comitê de Agricultura da COSBAN (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação) Pois, a COSBAN foi estabelecida em 2004, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China e visa promover contatos regulares entre representantes de alto nível do Brasil e da China, com o objetivo de intensificar o relacionamento bilateral e consolidar a parceria estratégica entre os dois países.
Na oportunidade, Bertolini comentou também sobre a missão internacional que a Abramilho liderou a China, no mês de novembro. O presidente contou que as agendas com executivos da iniciativa privada no país foram positivas. “Ficou claro que as tradings aprovam o milho brasileiro. Os representantes das empresas destacaram a qualidade do nosso grão e, de modo geral, tivemos retornos positivos sobre toda a nossa produção”.
Assincronia nas aprovações de biotecnologia entre Brasil e China
Após a missão liderada pela Abramilho à China, em novembro desse ano, onde foi debatido a diferença de tempo de aprovação entre uma biotecnologia no Brasil e na China – que pode levar cerca de cinco anos entre uma e outra, o presidente da entidade apresentou na agenda dois principais objetivos na busca por soluções para as assincronias.
“O primeiro é viabilizar a aprovação, por parte da China, de produtos biotecnológicos já analisados e aprovados pelo Brasil, mas que aguardam até cinco anos para um parecer do governo chinês. O trabalho do governo brasileiro para sensibilizar o governo chinês representa um ganho para os produtores brasileiros e para os consumidores do país oriental”, afirmou Bertolini.
Já o segundo objetivo é construir uma colaboração bilateral que permita processos de reconhecimento de biotecnologias mais sincronizadas. “Queremos que essas tecnologias cheguem ao produtor brasileiro de forma mais ágil. Esse é um ponto fundamental para o setor”, completou o presidente.