A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) destacou a importância da revolução genética como aliada na busca pela segurança alimentar, no combate à crise climática e na preservação da biodiversidade. Durante o Prêmio Mundial da Alimentação 2024, realizado nesta terça-feira (29) em Iowa, o Diretor-Geral da FAO, Qu Dongyu, ressaltou que os avanços em biotecnologia e edição genética têm o potencial de transformar os sistemas agroalimentares globais ao fortalecer a resistência de plantas e animais a fatores adversos, como pragas, doenças e condições ambientais extremas.
Em seu discurso “Da Genética à Geração: O que o Futuro Reserva para os Sistemas Agroalimentares e a Cultura Alimentar”, Qu reforçou que a edição genética permite o desenvolvimento mais rápido e eficiente de culturas adaptáveis, protegendo a biodiversidade e melhorando a segurança alimentar. A tecnologia atual tem revolucionado a pesquisa genética, abre caminhos para alimentos mais resilientes e nutritivos, conectando tradições alimentares com inovação.
O presidente da Abramilho, Paulo Bertolini, chamou atenção para a importância da FAO promover a biotecnologia como uma ferramenta indispensável para a alimentação global. “As inovações genéticas ampliam as possibilidades de produção. Fomentar esse diálogo e apoiar essas práticas é fundamental para assegurar que países ao redor do mundo tenham acesso a alimentos seguros e de qualidade”, explicou Bertolini.
_Museu da FAO vai conectar passado e futuro da agricultura mundial_
Com o compromisso de fortalecer o entendimento sobre a biotecnologia e seu papel nos sistemas agroalimentares, a FAO lançará em 2025 o Museu e Rede de Alimentos e Agricultura em sua sede em Roma. Este museu celebra o 80º aniversário da FAO e será um espaço para conectar o legado e o futuro da agricultura global, exibindo inovações e culturas alimentares que moldaram a segurança alimentar ao longo da história. Essa nova plataforma visa educar e inspirar, promovendo um diálogo global sobre as práticas tradicionais e avanços tecnológicos que sustentam a biodiversidade e a resiliência dos sistemas alimentares.
A FAO tem facilitado discussões e estudos sobre os benefícios e riscos dessas tecnologias, buscando garantir que seus impactos positivos cheguem a comunidades em todo o mundo, proporcionando um acesso equitativo e sustentável.