A Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) participou de uma reunião, a convite do ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro com o ministro da Agricultura da Malásia, Mohamad Sabu e sua delegação. A agenda aconteceu na última terça-feira (20), em Brasília.
O grupo estrangeiro buscou compreender mais sobre a produção brasileira de milho, as exportações e os destinos de consumo, além de discutir a questão dos organismos geneticamente modificados (OGMs).
O diretor da Abramilho e presidente da Aliança Internacional do Milho (Maizall), Bernhard L. Kiep, abordou os desafios e as oportunidades no uso de biotecnologia, destacando sua ampla adoção no Brasil. “Em nosso país, 98% do milho plantado é geneticamente modificado, o que tem sido fundamental para aumentar a produtividade e garantir a sustentabilidade na produção. Sabemos que ainda há resistência ao OGM na Malásia, mas acreditamos que o diálogo e a troca de experiências possam ajudar a esclarecer os múltiplos benefícios dessa tecnologia”, afirmou Kiep.
O processo de importação de milho brasileiro pela Malásia, anteriormente, exigia a verificação de cada carga individualmente. O diretor da Abramilho mencionou que, graças às missões anteriores da associação ao país, foi possível agilizar as importações, permitindo que a análise das cargas siga as informações fornecidas pelo Brasil, facilitando a entrada do produto no mercado malaio.
Missão da Abramilho e Maizall na Malásia
Em julho de 2024, a Abramilho e a Maizall estiveram em missão no país para debater as inovações em biotecnologia com as autoridades locais.
Nas diversas agendas, Kiep se reuniu com três grupos governamentais no país com opiniões divergentes, variando entre receptividade, neutralidade e questionamentos sobre edição genética.
A Malásia importa cerca de 4 milhões de toneladas de milho anualmente, majoritariamente da Argentina e Brasil, com os Estados Unidos perdendo participação de mercado. “É um mercado competitivo, orientado pelo preço, onde os reguladores locais começam a questionar nossas biotecnologias. Por isso, esses diálogos são importantes e mantêm o comércio fluindo”, explica Kiep.