O vice-presidente da Abramilho, Enori Barbieri, esteve presente no 16º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), em Chapecó (SC), nesta terça-feira (13), para promover o diálogo sobre o mercado do milho no setor suinícola e os desafios logísticos enfrentados na distribuição do grão.
Durante entrevista à imprensa, Barbieri destacou que “o mercado de suínos junto ao do etanol serão os grandes consumidores de milho e é preciso garantir que eles cresçam juntos”. Ele ressaltou que o Brasil produziu cerca de 40 milhões de toneladas de milho para exportação neste ano, um volume que excede o consumo interno. No entanto, Barbieri apontou a questão logística como um grande desafio dentro do próprio país, devido ao seu tamanho continental e à falta de estrutura. “Apesar do Sul apontar a falta de milho, o país tem milho sobrando”.
Embora o Brasil seja um grande produtor e exportador de milho, o consumo interno está concentrado principalmente na região Sul, que enfrenta dificuldades para manter a área plantada de milho. “O custo de logística encarece o produto para a região, mas o Brasil tem o suficiente para atender. Hoje um produtor recebe no Centro-Oeste em torno de 35 reais por saca, e o milho chega em Santa Catarina a 60 reais a saca”.
Para enfrentar o desafio, o vice-presidente da Abramilho defendeu a necessidade de investir em infraestrutura logística. “É preciso fazer um trabalho com o governo para a construção de ferrovia para distribuição desse milho para o Sul”, afirmou, apontando que essa medida poderia baratear os custos e tornar o produto mais competitivo, especialmente na produção de proteína animal. “A participação da Abramilho no Simpósio Brasil reforça o compromisso da entidade em buscar soluções para os desafios enfrentados pelo setor, especialmente no que se refere à logística e ao abastecimento”, concluiu Barbieri.