Chicago teve desempenho parecido
Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em baixa nesta sexta-feira, segundo informações da TF Agroeconômica. “O fator chave para pressão das cotações veio por parte do USDA, que no dia de hoje, divulgou maiores estoques para o milho nos Estados Unidos: de acordo com o órgão, foram contabilizadas 125 milhões de toneladas, sendo que as expectativas do mercado eram de 118,75 a 127,34 milhões”, comenta.
“A estimativa média também é superior se comparada ao número de junho de 2023, que foi de 104,22 milhões. Nem o dólar em alta – fechando a R$ 5,593 na venda (+1,5%) foi capaz de frear os estoques que ficaram dentro do limite superior de previsões do mercado”, completa a consultoria.
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta. “O vencimento de julho/24 foi de R$ 57,02 apresentando baixa de R$ 0,90 no dia, baixa de R$ 0,57 na semana; setembro/24 fechou a R$ 59,58, baixa de R$ 1,08 no dia, baixa de R$ 0,75 na semana; o vencimento novembro/24 fechou a R$ 63,58, baixa de R$ 0,86 no dia e baixa de R$ 0,73 na semana”, indica.
Nesse contexto, o milho fechou o dia, a semana e o mês em baixa em Chicago. “A cotação de julho24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -3,99 % ou $ -16,50 cents/bushel a $ 397,25. A cotação para setembro24, fechou em baixa de -3,55 % ou $ -15,00 cents/bushel a $ 407,50”, informa.
“Os dois relatórios apresentados pelo USDA nesta sexta-feira foram baixistas para o milho. A estimativa de uma área plantada (37,03 milhões de hectares) acima da previsão anterior (36,44 milhões de hectares) e do esperado pelo mercado (36,53 milhões de hectares) pressionou a cotação. Mesmo ficando abaixo da área plantada no ano passado (38,30 milhões de hectares) os dados mostram uma robusta safra a caminho”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 01/07/2024