“No Brasil, a colheita da primeira safra de milho alcançava no último domingo 78,4%”
Dentre os fatores de baixa estão a maior oferta na América do Sul, as vendas menores para exportação nos EUA e os preços da exportação no Brasil
Dentre os fatores de baixa estão a maior oferta na América do Sul, as vendas menores para exportação nos EUA e os preços da exportação no Brasil – Foto: Pixabay
De acordo com a TF Agroeconômica, os preços do mercado de milho do Brasil, tanto os domésticos quanto os de exportação, estão muito longe dos custos de produção e dificilmente os superarão nesta temporada. Nesse cenário, a consultoria cita dois fatores de alta apenas para o grão.
O primeiro deles é a questão dos estoques mundiais e o fornecimento corrompido do estado do Rio Grande do Sul. “Estoques mundiais sofreram uma leve retração, passando de 313,08 MT na safra 23/24 para 312,27 MT na safra 24/25, segundo o USDA. No Brasil, os preços tiveram uma recuperação de 2,47% no mês, segundo o CEPEA, diante dos problemas de fornecimento no Rio Grande do Sul e de aumento da demanda de carnes em outros estados e da exportação”, comenta.
Dentre os fatores de baixa estão a maior oferta na América do Sul, as vendas menores para exportação nos EUA e os preços da exportação no Brasil, que são ainda menores do que os oferecidos pelas indústrias. “No Brasil, a colheita da primeira safra de milho alcançava no último domingo 78,4% da área apta, contra 81,8% em igual época de 2023. Enquanto isso, a colheita da segunda safra atingia 1,1% da área plantada, ante 0,4% na semana anterior e 0,4% há um ano. O vencimento julho do grão caiu 2,50 cents (0,56%), para US$ 4,4625 por bushel. Na semana, acumulou desvalorização de 3,98%”, completa.
“No Brasil, embora o basis da maior parte das regiões do interior do país esteja diminuindo, os preços da exportação são ainda menores do que os oferecidos pelas indústrias, tornando a exportação lenta. Com isto vai sobrando mercadoria, tranquilizando os compradores domésticos, que, assim, não aumentam os preços significativamente. Por outro lado, os preços, tano de Chicago (base da exportação, quanto da B3, estão muito abaixo dos custos de produção, sinalizando prejuízo nesta temporada para o milho”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 03/06/2024