Fortes chuvas no Meio-Oeste dos Estados Unidos têm dificultado a semeadura
Em Chicago, houve um movimento de realização de lucros
De acordo com o que acredita a TF Agroeconômica, os custos de produção de milho serão altos, então é interessante aproveitar a alta atual. “As cotações do milho, tanto em Chicago, quando na B3 de São Paulo, quanto no mercado físico estão muito abaixo dos custos de produção da próxima Safrinha brasileira, caracterizando possibilidade de prejuízos para quem só tem o grão (o prejuízo pode se reverter em ganho para quem produz carnes). Para minimizá-los, aproveite as altas, tanto no mercado físico, quando nos mercados futuro, para fixar preços”, comenta.
Fortes chuvas no Meio-Oeste dos Estados Unidos têm dificultado a semeadura, enquanto na Argentina os atrasos na colheita, juntamente com preocupações sobre a situação do Rio Grande do Sul, onde fungos no milho não colhido e danos ao milho armazenado, também impactaram os negócios. Além disso, os estoques mundiais de milho apresentaram uma leve retração, passando de 313,08 milhões de toneladas na safra 2023/2024 para 312,27 milhões de toneladas na safra 2024/2025, conforme dados do USDA.
No Brasil, os preços do milho registraram uma recuperação de 19,17% na semana, segundo o CEPEA, superando a queda anual de 13,18%. Esse aumento foi impulsionado por problemas de fornecimento no Rio Grande do Sul e pelo crescimento da demanda por carnes em outros estados.
Em Chicago, houve um movimento de realização de lucros após o mercado ter subido nas duas sessões anteriores. Além disso, os fundos voltaram a aumentar suas posições líquidas de venda, apostando na queda das cotações do cereal. Os estoques nacionais de milho no Brasil aumentaram de 5,59 milhões de toneladas para 6,23 milhões de toneladas nesta safra – antes dos desastres no Rio Grande do Sul, segundo a Conab. Esse aumento nos estoques trouxe tranquilidade aos compradores.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 27/05/2024