Dificuldades enfrentadas no cultivo do milho precoce devido ao excesso de chuvas na primavera resultaram em perdas
A segunda avaliação da safra de verão conduzida pela Emater/RS-Ascar indica uma projeção de cultivo de milho em 812.795 hectares na safra 2023/2024, refletindo uma redução de 1,27% na área cultivada em comparação com a safra anterior, que totalizou 823.267 hectares plantados.
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (07/03) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), as dificuldades enfrentadas no cultivo do milho precoce devido ao excesso de chuvas na primavera resultaram em perdas. Erosão, lixiviação de nutrientes, aumento de doenças e desafios na polinização foram alguns dos problemas enfrentados. Diante dessas adversidades, os produtores revisaram o cultivo na safrinha, realocando parte da área destinada ao milho para outras culturas.
As variações nas cotações dos produtos ao longo do período, com redução principalmente no milho e na soja e aumento no arroz, também podem ter influenciado as decisões de plantio, levando à substituição de culturas por aquelas mais rentáveis no momento da semeadura.
Apesar da redução na produtividade inicial, passando de 7.414 kg/ha para 6.464 kg/ha, representando uma diminuição de 12,81%, o Estado deverá colher 5.233.591 toneladas de grãos. Isso representa um aumento de 32,32% em relação à safra passada, que foi profundamente afetada pela estiagem.
A colheita avançou para 70% da área cultivada, mas o baixo volume de chuvas continua prejudicando algumas lavouras de forma pontual, representando um desafio adicional para os agricultores.
Seane Lennon
AGROLINK – 07/03/2024