Nesta manhã, a atenção do mercado está voltada para o relatório de março das Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial
A incerteza em torno da produção brasileira é um fator chave
No comércio noturno, o mercado de grãos dos Estados Unidos viu o milho de maio registrar uma queda de 2¼¢, enquanto a soja de maio experimentou um aumento de 2 centavos. O trigo CBOT apresentou um aumento de 5¼¢, enquanto o trigo KC subiu 2 centavos e o trigo de Minneapolis teve um acréscimo de 2½ ¢. Essas flutuações refletem o cenário dinâmico e volátil do mercado de commodities agrícolas.
Al Kluis, diretor administrativo da Kluis Commodity Advisors, comentou sobre o fechamento mais forte em todos os grãos, com exceção do trigo CBOT, na última quinta-feira. Ele observou que um movimento significativo nesse dia levou os preços igualando ou ultrapassando as principais médias móveis para milho e soja. Kluis especula sobre a possibilidade de os fundos cobrirem mais de suas posições vendidas no setor de grãos, dependendo do teor do relatório do USDA.
Nesta manhã, a atenção do mercado está voltada para o relatório de março das Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial (WASDE) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Kluis destaca que os traders estão antecipando poucas mudanças nos estoques finais dos EUA em comparação com os números de fevereiro. Entretanto, ele ressalta que são esperadas reduções nos números mundiais de oferta de milho e soja, devido à crença de que a produção brasileira será menor do que no mês passado.
A incerteza em torno da produção brasileira é um fator chave que continua a influenciar as flutuações nos preços dos grãos. O mercado está atento às atualizações sobre as condições climáticas e outros fatores que podem impactar a safra, especialmente no Brasil, um dos principais players no mercado global de commodities agrícolas.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 08/03/2024