Em Chicago, o milho experimentou uma desvalorização de 3,8% em janeiro
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxe informações relevantes sobre a produção nacional de milho
O início de 2024 foi marcado por desafios significativos no mercado internacional de milho, especialmente com a redução dos preços que persistiram durante janeiro e fevereiro. O ItaúBBA destaca que a conjunção da diminuição dos preços internacionais com o avanço da colheita da primeira safra de milho no Brasil contribuiu para a tendência de queda nos preços do cereal.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxe informações relevantes sobre a produção nacional de milho, apontando para uma redução baseada em queda de área e produtividade. A Bolsa de Rosário, seguindo uma estratégia semelhante à adotada para a soja, também revisou para baixo a estimativa de produção de milho na Argentina. Esse ajuste foi motivado pelas condições climáticas desfavoráveis, caracterizadas pelo calor e pela falta de chuva entre a segunda quinzena de janeiro e o início de fevereiro.
Em Chicago, o milho experimentou uma desvalorização de 3,8% em janeiro, atingindo USD 4,52/bu. Em fevereiro, a tendência de queda persistiu, registrando uma desvalorização adicional de 6,3%, alcançando USD 4,35/bu. O mercado internacional continua refletindo uma situação mais confortável para o balanço americano de oferta e demanda, com previsão de produção recorde na safra 2023/24.
No mercado nacional, a desvalorização também se fez sentir. Em Campinas, o milho acumulou uma queda de 1,4% em janeiro, sendo cotado a R$ 65,90/saca. Em fevereiro, a saca média fechou em R$ 62,54, representando uma queda significativa de 5,1%. Esse declínio foi impulsionado pelo avanço da colheita da primeira safra e pela desvalorização dos preços externos, que impactaram a paridade de exportação.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 04/03/2024