Preços devem subir, mas não tanto
De acordo com a TF Agroeconômica, a melhor alternativa para o produtor é segurar e não vender o milho para o mercado físico. “Nossa recomendação seria não vender milho no mercado físico, se você não precisar de dinheiro a curto prazo, porque, tanto os indicadores fundamentais, quanto os indicadores técnicos mostram a possibilidade de alta a longo prazo (eventualmente iniciando em março ou abril próximo). Mas, não espere que os preços atinjam três dígitos, porque nada mostra isto”, comenta.
Nesse cenário, os estoques globais foram elevados de 315 milhões para 315,2 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava uma redução para 313 milhões de toneladas e isso é um fator de baixa. No entanto, como fator de alta temos o estoque final de milho americano de 2023/24 em 54,13 milhões de toneladas e a continuação da demanda norte-americana de milho.
No Brasil, a estimativa de produção foi mantida em 129 milhões de toneladas, oque também pesou sobre os contratos. “Traders aguardavam para ver se o USDA reduziria sua projeção, tendo em vista a possibilidade de que a janela ideal de plantio da segunda safra seja afetada por um atraso na colheita da soja. Na quinta, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu a colheita total de milho do Brasil de 119,07 milhões para 118,53 milhões de toneladas. Número do USDA é altista, o da Conab, mais ainda”, indica.
“Dados semanais da CFTC mostraram que os Fundos de Investimento de milho estavam fechando posições vendidas e adicionando posições compradas durante a semana que terminou em 05/12. Isso deixou o grupo com uma posição líquida vendida 160.533 contratos. Os hedgers comerciais fecharam posições compradas ao longo da semana,revertendo-as para posições vendidas líquidas em 39.754 contratos”, completa.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 11/12/2023