Os agricultores com propriedades no Oeste do Paraná agora podem acessar o saldo de créditos de carbono resultantes da atividade agrícola
Os agricultores com propriedades no Oeste do Paraná agora podem acessar o saldo de créditos de carbono resultantes da atividade agrícola da safra 2023/2024 em diante, graças à iniciativa da startup paranaense NetWord Agro. A empresa fornecerá relatórios abrangentes aos seus
clientes, abordando retenção, emissão e saldo de carbono no solo, na lavoura e nas áreas de florestas de reserva legal associadas à atividade agrícola.
A tecnologia avançada de monitoramento da NetWord Agro permite o acompanhamento do carbono retido, emissões de carbono durante o manejo da safra e o saldo de carbono ao longo do ciclo de diversas culturas, como soja, milho, trigo ou aveia.
Desenvolvida com base em teses de mestrado e doutorado dos fundadores da empresa, a solução incorpora funcionalidades de integração e tokenização de ativos de sustentabilidade, originação de grãos e créditos de carbono em solo, lavouras, pastagens e áreas de florestas de reserva legal, utilizando a tecnologia de monitoramento digital da NetWord Agro.
Segundo o CEO da startup, Marcos Ferronato, a tecnologia está na fronteira do conhecimento do monitoramento e manejo de solos e lavouras. “A partir de tokens armazenados em uma rede blockchain privada (mecanismo de banco de dados avançado), a NetWord Agro disponibiliza aos clientes uma plataforma de comercialização dos ativos de créditos de carbono e originação de grãos que vai permitir entre outras coisas a tokenização dos grãos ainda na lavoura”, explicou.
O superintendente de gestão ambiental da Itaipu Binacional, Wilson João Zonin, destaca a importância dessas tecnologias para promover uma agricultura mais sustentável e de baixo carbono. Ele ressalta que essas inovações podem trazer benefícios significativos para os agricultores que adotarem práticas mais sustentáveis, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
A startup é uma Deep Tech de Inteligência Artificial (IA) e visão computacional para o monitoramento digital de solos (com sensor proprietário de condutividade elétrica) e lavouras (com imageamento RGB) para culturas de extensão como soja, milho, trigo, aveia, feijão, algodão, cana, arroz e pastagens.
Além do monitoramento, a tecnologia inclui modelagem matemática dos padrões de solos e lavouras, juntamente com um software de IA capaz de identificar agentes causadores de danos antes que ocorram, como pragas, doenças e ervas daninhas. Na vertical de solos, a startup gera mapas da disponibilidade real de nutrientes e concentração de carbono, compactação de solos e mapas georreferenciados. Na vertical de lavouras, são gerados mapas georreferenciados preditivos da incidência de agentes causadores de danos.
Seane Lennon
AGROLINK – 27/11/2023