O desenvolvimento de culturas de baixa estatura, como arroz e trigo, teve um impacto transformador na agricultura
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) emitiu em novembro um parecer liberando comercialmente o milho geneticamente modificado MON 94804, de baixa estatura, desenvolvido pela Monsanto (Bayer). Aprovado para uso na alimentação humana e animal, a variedade pode ser empregada em diversas atividades relacionadas ao organismo geneticamente modificado e suas progênies.
O desenvolvimento de culturas de baixa estatura, como arroz e trigo, teve um impacto transformador na agricultura global por meio da Revolução Verde. A identificação dos genes responsáveis por essas características revela sua influência na produção do hormônio vegetal GA, essencial para processos de desenvolvimento nas plantas, como o alongamento do caule, germinação de sementes e transição floral. A biossíntese de GA, caracterizada em diversas espécies de plantas, é conduzida por várias enzimas, sendo a GA 20 oxidase (GA20ox) uma enzima crucial na síntese de GAs bioativos nas etapas posteriores da via de biossíntese de GA.
No milho, inicialmente foram identificados cinco genes ZmGA20ox, e mais quatro genes ZmGA20ox foram posteriormente identificados no banco de dados Maize Genetics and Genomics. De acordo com o atlas de perfis de transcrição global para genes de milho, os genes ZmGA20ox3 e ZmGA20ox5 apresentaram níveis de expressão mais altos em tecidos vegetativos e níveis mais baixos em tecidos reprodutivos, comparados aos outros nove genes ZmGA20ox.
“A CTNBio, após análise do pedido de liberação comercial do milho geneticamente modificado de baixa estatura MON 94804 (milho MON 94804), deliberou pelo DEFERIMENTO conforme esse parecer técnico. Considerando que as normas da CTNBio estão baseadas em critérios técnicos internacionalmente aceitos, que a avaliação de biossegurança do milho MON 94804 conclui sobre sua similaridade à milho convencional quanto à biossegurança ao meio ambiente e à saúde humana e animal, a CTNBio deliberou pelo DEFERIMENTO”, diz a entidade.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 24/11/2023