Clima impulsiona alta nos preços do milho no Brasil
Os recentes problemas climáticos que afetaram tanto as regiões do sul quanto do centro-norte do Brasil
Os recentes problemas climáticos que afetaram tanto as regiões do sul quanto do centro-norte do Brasil, comprometendo as safras de milho de verão, somados ao atraso no plantio da soja no Centro-Oeste, levaram a um aumento significativo nos preços do milho.
De acordo com dados da Central Internacional de Analise Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), essa elevação foi observada, por exemplo, no fechamento da B3 em 13 de novembro, onde os primeiros contratos foram negociados entre R$ 60,65 e R$ 72,10, com uma valorização de até 5%. No mercado físico gaúcho, o preço médio do saco de milho encerrou a semana em R$ 55,37, alcançando valores há muito tempo não vistos. Nas demais praças do país, os preços do produto variaram entre R$ 35,00 e R$ 60,00 por saco.
É notório que, assim como no caso da soja, o aumento nos preços do milho não está relacionado a razões positivas. A alta é reflexo da preocupação com a possibilidade de perda significativa na safra. Conforme o entendimento geral, diante de uma quebra substancial na colheita, não há preço que compense as perdas.
Por outro lado, da mesma forma que acontece com a soja, se houver uma recuperação na produção por meio de uma melhoria nas condições climáticas, os preços tendem a recuar durante o período de colheita, no início do próximo ano.
Seane Lennon
AGROLINK – 20/11/2023