“Já a safra 2020/21 também teve um ritmo de plantio mais lento”
De acordo com o Itaú BBA, observa-se um atraso no plantio da safra de soja no Brasil devido às condições climáticas irregulares, como chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas. Uma análise das safras recentes revela que os anos de plantio tardio, especialmente nas safras 2017/18 e 2020/21, resultaram em colheitas com ritmo abaixo da média.
Apesar do atraso, o clima favorável durante o desenvolvimento das lavouras não prejudicou a produtividade na safra 2017/18. Por outro lado, a safra 2018/19, plantada em ritmo acelerado, sofreu redução de produtividade devido à seca. A safra 2020/21, com plantio e colheita mais lentos devido ao atraso das chuvas, registrou queda na produtividade, mas o aumento da área plantada resultou em uma produção ainda positiva.
“Quando passamos para o universo do milho segunda safra no estado, o atraso da safra de soja resultou em um plantio com ritmo inferior à média nas safras de milho 2017/18 e 2020/21, o que, por sua vez, se traduziu em uma colheita também mais atrasada em relação à média. Na safra 2017/18, o atraso na safra de verão, somado aos baixos preços do milho, fizeram com que parte dos produtores desistisse do plantio da segunda safra. O plantio fora da janela trouxe prejuízo para a produtividade”, indica.
“Já a safra 2020/21 também teve um ritmo de plantio mais lento, devido ao atraso das chuvas de verão, o que atrasou a safra de soja. Além do plantio fora da janela, chuvas abaixo da média prejudicaram o desenvolvimento da segunda safra, o que resultou em queda de produtividade e produção, apesar do aumento da área plantada”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 15/11/2023