Preocupações com a segunda safra do Brasil, devido a atrasos no plantio de soja, impediram uma queda mais acentuada dos preços
De acordo com informações da TF Agroeconômica, o segredo da tendência do milho, no Brasil é a exportação, que vem batendo recordes, apesar dos problemas logísticos do país, porque as Tradings estão trocando navios de soja para embarcar o milho. “Mas, a compra de 1 milhão de toneladas de milho da Ucrânia, pela China, há um mês, também pressionou as novas compras no Brasil”, comenta.
“Por isso, tanto o USDA quanto a Conab reduziram em 1-2 milhões de toneladas as suas estimativas de exportação brasileira de milho. Este milho permanecerá no mercado interno, impedindo grandes altas dos preços nos mercados de balcão e de lotes. A redução dos estoques finais, pela Conab, é um dos fatores que puxam os preços para cima, mas, de forma limitada”, completa.
Preocupações com a segunda safra do Brasil, devido a atrasos no plantio de soja, impediram uma queda mais acentuada dos preços. “Ontem, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua estimativa para a produção total do País em 2023/24 de 119,4 milhões para 119,07 milhões de toneladas. Segundo o Bank of America, caso a previsão da Conab se confirme, a relação global estoque/uso deverá cair 0,8 ponto porcentual”, indica.
“Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal projetavam um aumento menor, para 382,93 milhões de toneladas. Já os estoques finais de milho nos EUA ao fim de 2023/24 foram estimados em 54,76 milhões de toneladas, em comparação a 53,62 milhões de toneladas no mês passado. Os analistas esperavam um aumento menor, para 54,08 milhões de toneladas. A estimativa de estoques mundiais foi aumentada de 312,4 milhões para 315 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava uma redução para 312 milhões de toneladas”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 13/11/2023