São Paulo, 23/10/2023 – O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, alertou, em nota, para o risco de Santa Catarina ter de importar mais milho no ano que vem para abastecer suas granjas de suínos e aves, além da pecuária leiteira.
Segundo o dirigente, Santa Catarina deve consumir, em 2024, entre 7,5 milhões e 8 milhões de toneladas de milho, o que exigirá a importação de pelo menos 5 milhões de toneladas do grão para abastecer as granjas. Os catarinenses, ressalta Pedrozo, só vêm diminuindo a produção de milho, situação que deve se repetir na safra 2023/24. De acordo com a nota da Faesc, a produção do grão para consumo interno deve variar entre 2,8 milhões e 3 milhões de toneladas, com redução de 5% na área plantada.
Outro motivo, segundo Pedrozo, é que muitos produtores migraram para a soja ao longo dos anos, “um produto com grande liquidez no mercado de commodities, menor custo de produção e melhor remuneração final”, diz ele, lembrando que, em 2005, a área plantada com milho em Santa Catarina era de 800 mil hectares e, em 2023, caiu para 320 mil hectares de milho comercial e 220 mil hectares para milho silagem – que não sai da propriedade e é usado para nutrição de gado leiteiro.
O dirigente alerta que “insumo escasso representa encarecimento para os produtores rurais e para as agroindústrias e, em consequência, o alimento fica mais caro para o consumidor”. Por isso, Pedrozo propõe, na nota, uma discussão entre toda a cadeia produtiva e o poder público para analisar alternativas para reduzir o déficit histórico de milho no Estado.
BroadcastAgro – 23/10/2023