Na Bolsa de Chicago a soja fechou em alta com perspectiva de menor safra na América Latina
A Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) fechou em alta para o milho, com forte valorização em Chicago e demanda externa crescente, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os contratos de milho na BMF fecharam de forma em alta nesta quinta-feira. A B3 subiu em paralelo a forte alta de Chicago, no entanto o mercado americano subiu 2,22% para dezembro23 (data de negociação deles) e a bolsa brasileira subiu 0,86% para Março, nossa data referência de vendas”, comenta.
“A demanda de grãos vinda da China está grande, no entanto, cargas de junho e agosto estão sendo embarcadas somente agora nos portos de Paranaguá e Santos. Esse estrangulamento de logística para exportação está impedindo uma alta mais rápida no Brasil”, completa a consultoria.
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta. “O vencimento de novembro/23 foi de R$ 61,29, alta de R$ 0,83 no dia, baixa de R$ -0,85 na semana; janeiro/24 fechou a R$ 65,02 alta de R$ 0,70 no dia, baixa de R$ -0,83 na semana; o vencimento março/24 fechou a R$ 68,29, alta de R$ 0,58 no dia e baixa de R$ -1,10 na semana”, indica.
Na Bolsa de Chicago a soja fechou em alta com perspectiva de menor safra na América Latina. “A cotação para dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 2,64 % ou $ 13,00 cents/bushel a $ 505,00. A cotação de março24, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 2,07 % ou $ 10,50 cents/bushel a $ 517,00”, informa.
“As vendas relatadas pelo USDA, dentro da faixa esperada pelo mercado, até deu algum suporte, mas o motivo principal está na nova safra de milho da América Latina. O avanço do
plantio na Argentina está lento, com seca que atinge o país. No Brasil a preocupação está na perspectiva de redução da safrinha, com os atrasos no plantio da soja”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 20/10/2023