Em 2023, foram entregues cerca de 18,61 milhões de toneladas de fertilizantes aos consumidores finais
De acordo com o novo relatório do Rabobank sobre o agronegócio brasileiro, as incertezas na safrinha podem impactar o consumo de insumos. “Os últimos meses do ano vão ser bastante importantes para a definição dos números de consumo dos insumos para as safras, em especial o número das entregas de fertilizantes. Caso a situação para o milho melhore, ainda temos espaço para uma forte recuperação nas entregas após a queda vista em 2022”, comenta.
“O mercado de fertilizantes ainda segue bastante diverso com relação ao número final das entregas de adubo em 2023. Enquanto alguns números como das entregas ao consumidor final, importação e perspectiva de área plantada sugerem uma boa demanda para 2023, os preços das commodities, por outro lado, sugere algo não tão positivo assim”, completa.
Até o final de junho de 2023, a entrega de fertilizantes pela ANDA (Associação Nacional para a Difusão de Adubos) foi muito próxima do que foi relatado no mesmo período de 2021. Em 2023, foram entregues cerca de 18,61 milhões de toneladas de fertilizantes aos consumidores finais, em comparação com 18,75 milhões em 2021, uma diferença de aproximadamente 140 mil toneladas. As importações também mostram números próximos nos dois anos. Vale destacar que 2021 registrou a maior entrega de fertilizantes aos consumidores finais até agora, com cerca de 45,85 milhões de toneladas.
“Esta incerteza dos produtores vem fazendo com que muitos deles acabem postergando a aquisição dos insumos o máximo possível, na expectativa de que haja mais redução nos custos dos insumos ou ainda uma melhora nas cotações das commodities. Apesar de o setor ainda carregar um alto estoque de produtos, esse atraso na aquisição pode acarretar riscos para os produtores, especialmente para a safrinha de milho”, conclui.
Leonardo Gottems
Agrolink – 21/09/2023