A diretoria da Abramilho marcou presença no Congreso Internacional de Maiz, realizado na Argentina. O evento, que reuniu, nos dias 12 e 13 de setembro, especialistas e representantes dos setores ligados à produção de milho das Américas, foi uma oportunidade para discutir a colaboração entre países e a importância da cadeia produtiva do milho. Segundo o diretor da Abramilho, Paulo Bertolini, o evento destacou as atividades recentes e a relevância das ações da Maizall (Aliança Internacional do Milho), que agrega Brasil, Argentina e Estados Unidos.
Durante sua participação no painel sobre a produção de milho das Américas, Bertolini apresentou dados relacionados ao Brasil, apontando o notável crescimento na produção de milho nas últimas décadas. Ele enfatizou a posição da Abramilho em defender que o Brasil seja reconhecido como o país do milho, destacando o estado de Mato Grosso como exemplo, onde a produção do grão supera a de soja. Além disso, abordou temas como o etanol de milho, as exportações para a China e os desafios que a agricultura brasileira enfrenta.
Na oportunidade, o representante da Abramilho também falou sobre as preocupações com a estabilidade jurídica no Brasil, os altos custos de produção, a infraestrutura ainda inadequada para a crescente produção — incluindo o déficit de armazenagem no país, que já atinge mais de 125 milhões de toneladas.
A produção de milho no Brasil tem demonstrado um crescimento constante, com previsão de alcançar as 130 milhões de toneladas neste ano, segundo a Conab — cerca de 20 milhões a mais que no ano passado. O aumento é resultado do contínuo crescimento da área destinada à segunda safra de milho. “Embora celebremos o crescimento notável na produção brasileira, não podemos ignorar os desafios que enfrentamos. Ainda temos um longo caminho pela frente para sanar a disparidade entre o crescimento da produção de grãos e a capacidade de armazenagem.”
Para finalizar, Bertolini enfatizou o comprometimento da Abramilho com o crescimento sustentável da produção do cereal, enfrentando os desafios que se apresentam. “Somos vistos como referência para a Argentina e outros países que querem adotar as práticas bem-sucedidas do Brasil em suas próprias indústrias. Deixamos claro que o milho possui um alto valor agregado, uma vez que pode ser usado na produção de biocombustível, proteína animal, alimentação humana e produtos industriais.”, concluiu.