Na baixa o destaque vai para a queda do trigo
Informações divulgadas para a TF Agroeconômica indicam que existem três fatores de alta e três fatores de baixa que estão pautando os preços do milho. Um dos fatores de alta é o clima dos Estados Unidos. “De acordo com o Monitor da Seca dos EUA, 55% da área de milho do país apresentava algum nível de estiagem, ante 64% na semana anterior. A parcela, no entanto, ainda é bem superior à verificada em igual período do ano passado, de 29%”, comenta.
A posição dos Fundos a curto prazo e o forte aumento dos prêmios no Brasil também são fatores de alta. “As altas do início da semana foram coberturas de posições vendidas dos Fundos de Investimento. Já no final da semana, realizaram lucros e pressionaram as cotações.Como já comentamos na semana passada, os prêmios passaram da média de + 16 para a faixa entre +70 e +90 cents/bushel nos portos brasileiros, para compensar a queda em Chicago. Com isto, conseguiram sustentar os preços do milho no Brasil e podem elevá-los um pouco se e quando começar a disputa entre os exportadores e as indústrias locais”, completa.
Na baixa o destaque vai para a queda do trigo. “Como o milho e o trigo andam juntos, porque se encontram no mercado de ração, a grande queda do trigo arrastou junto o milho, nas últimas sessões desta semana”, indica. Além disso, pode-se citar a disponibilidade do milho brasileiro e o avanço da colheita na Argentina.
“O avanço na colheita argentina também pode ser um fator baixista. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou ontem, em relatório semanal, que produtores argentinos tinham colhido 66,1% da área apta, avanço de 8 pontos porcentuais na semana. A produtividade média nacional está em 4.970 quilos por hectare e a estimativa de produção foi mantida em 34 milhões de toneladas”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 24/07/2023