Os preços devem cair em breve
De acordo com a TF Agroeconômica, a melhor estratégia pra quem tem milho é vender e aplicar o dinheiro, ou seja, trocar o cereal por juros. “Vamos adotar hoje o slogan de uma financeira: ‘troque o milho que está colhendo por juros’ (venda e aplique o dinheiro), que com certeza ganhará mais do que deixando no armazém, onde, além de ter os preços baixando, terá despesas ao invés de ganhos. Simples assim”, comenta.Dentre os fatores de alta estão os problemas climáticos continuam afetando mais o milho do que a soja e a Demanda internacional. “O Monitor da Seca dos EUA passou de 26% para 34% as áreas afetadas pela falta de chuva. ‘Condições quentes e secas estão previstas para os próximos 14 dias, exatamente o oposto do que é necessário, já que há pouca ou nenhuma umidade disponível no subsolo para as plantas’, disse Brian Hoops, da Midwest Market Solutions”, completa.
“Como os preços do milho no Brasil dependem muito do escoamento das sobras para o mercado externo, acompanhar a demanda internacional torna-se vital. A demanda chinesa por produtos agrícolas permaneceu boa, mas não espetacular, com a maioria comprando no padrão de mão a boca”, indica.
Para a baixa, influenciam o relatório WASDE que foi uma “grande decepção”, com poucas mudanças em relação ao mês passado e a falta de escoamento substancial das exportações no Brasil. “Não há disputa entre exportadores e mercado interno, principalmente sobre o (grande) remanescente da safra velha e isto faz os preços permanecerem baixos. Até houve uma tentativa de alta na B3 (vide gráfico abaixo), mas que não encontrou nenhum eco no mercado físico”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK -12/06/2023