Autoridades e especialistas se reuniram no 1º Congresso Abramilho, nesta quarta-feira (17), em Brasília, para discutirem a produção do milho no Brasil, abordando as perspectivas e os principais desafios do setor. O evento foi dividido em 10 painéis temáticos, onde os representantes compartilharam o panorama do agro brasileiro em busca de melhorias para a cadeia produtiva.
O painel de abertura do congresso foi marcado pela presença do Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, da senadora e ex-ministra da agricultura, Tereza Cristina, do deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e do presidente do Instituto Pensar Agro, Nilson Leitão.
As fotos oficiais podem ser conferidas aqui.
Otávio Canesin, presidente da Abramilho, destacou a relevância do milho para o agronegócio brasileiro e como o grão tem assumido um papel protagonista nos últimos anos, impulsionado pelo uso da ciência, da tecnologia e por sua natureza altamente sustentável. Canesin apontou ainda a relevância do congresso para evoluir ideias e reunir soluções inovadoras. “A ideia da Abramilho é promover um debate anual para tratar os mais amplos temas que envolvem o setor”, afirmou.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou o potencial do Brasil para superar os desafios enfrentados pelo setor — como as dificuldades no mercado internacional — uma vez que “o milho se consolida, cada vez mais, como a grande vocação brasileira”. Fávaro também ressaltou a importância do evento para levar informação e debate para os produtores, agroindústria, mercado e governo.
Durante a abertura, a senadora Tereza Cristina falou sobre o crescimento da cultura do milho no país. “O Brasil tinha dificuldade na exportação do cereal, e hoje, passamos a ser decisivos no mundo sobre essa commodity. Nós temos produtores altamente qualificados e um futuro brilhante pela frente”.
O presidente da FPA, Pedro Lupion reafirmou o compromisso da frente parlamentar em defender os interesses da agropecuária brasileira e se colocou à disposição dos produtores para enfrentar os desafios que se apresentarem.
O presidente do Instituto Pensar Agro, Nilson Leitão, creditou às associações o mérito da transformação do cenário do milho no Brasil. Ele ressaltou que há uma década o setor agrícola não estava nas principais pautas da imprensa e do Congresso, mas agora é o tema central do parlamento.
Também participou do painel de abertura Tânia Zanella, representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB). A superintendente reconheceu o momento desafiador pelo qual os agricultores estão passando, mas apontou a resiliência do produtor brasileiro diante das adversidades.
Daniel Carrara, assessor especial da presidência da CNA e diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), reconheceu os problemas enfrentados pelos produtores em questões como logística e armazenagem, e falou sobre os desafios de apresentar o agro brasileiro para o mundo. “Precisamos de mais gente defendendo e se apropriando do orgulho que é o agro nesse país”.
O primeiro Congresso Abramilho foi um marco no debate sobre a cadeia no Brasil e contou com a presença de mais de 400 participantes, entre representantes de entidades e do governo, produtores rurais, pesquisadores e jornalistas.