No Paraguai o mercado perde força
O Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou um relatório mantendo o volume recorde de exportação de milho, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os prêmios permaneceram em $35 cents/bushel para julho23, recuaram para $65 para agosto23, para $60 em setembro e permaneceram em US$ 75 para outubro”, comenta.
“Os prêmios voltaram a recuar cerca de 10 cents/bushel nos portos brasileiros, nesta quinta-feira. O interessante é que é para o segundo semestre, em plena Safrinha, que é época de maior exportação do país. Falamos hoje com um Broker argentino que nos disse o seguinte: “Eu falo quase todos os dias com os caras lá na Ásia e todo o mundo falando do mesmo: demanda fraca, compradores finais com muito stock, substituindo o milho por trigo feed que está mais barato, mas nada de demanda. Na China, vão fazer o que quiserem, não respeitam contratos”. Esta é a situação atual da demanda do milho na Ásia e parece que não vai mudar no segundo semestre, fazendo prever um ano de preços baixos”, completa a consultoria.
No Paraguai o mercado perde força, com compradores mais interessados na próxima safra. “O mercado de milho disponível parece estar perdendo força do lado dos compradores, com alguns mostrando muito pouco interesse em negócios no momento, pressionando os preços, mas os vendedores se mantendo firmes em suas intenções de valor”, indica.
“Para a próxima safra, com safra prevista para começar em julho, o interesse do lado da venda está crescendo com os preços pressionados. Neste momento, o mercado brasileiro, que nos últimos anos liderou as compras, não vem apresentando valores atrativos e não compete com o mercado local. No mês de março cruzou a fronteira apenas a metade do volume do mês anterior e cinco vezes menos que o mesmo mês do ano passado”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 14/04/2023