Assim como no trigo, as melhores oportunidades para o milho já foram perdidas, de acordo com a TF Agroeconômica, já que a cotação mais alta ocorreu na segunda quinzena de junho de 2022. No entanto, quem ainda tem milho pode reduzir o prejuízo de alguma forma, mas é preciso ficar atento em alguns fatores.
“Mesmo que a demanda chinesa se volte novamente para o Brasil, o que irão subir serão os prêmios (mas, por mais que subam, apenas compensarão as quedas da CBOT) e as cotações de Chicago cairão, por falta de demanda para o milho americano. Então, nossa recomendação é você aproveitar qualquer alta em Chicago ou no mercado físico de sua cidade para vender e aplicar o dinheiro, porque renderá mais do que deixar o produto no armazém, mesmo que você esteja muito capitalizado”, comenta.
Assim como o trigo e a soja, o milho brasileiro depende da exportação para escoar grande parte da produção e manter preços mais elevados no mercado interno. “Como mostramos no gráfico acima, os preços internacionais (base da exportação) estão em forte ritmo de queda desde agosto do ano passado. Por sua vez os prêmios para agosto/23 recuaram de 95 para 75 cents/bushel em Santos e o dólar recuou 5,60% durante o ano de 2023, passando de R$ 5,35 em janeiro para R$ 5,05 hoje”, completa.
“Como resultado, a exportação brasileira de milho está travada nos últimos cinco meses, deixando um estoque acima do esperado à disposição do mercado interno, que não precisa elevar os preços para se abastecer. Aliás, os preços do milho, na semana passada, recuaram 8,33% na B3, 5,95% no mercado físico do RS e 11,69% no PR, pressionados pela entrada do Centro-Oeste, onde os preços despencaram”, conclui.