“Com zero sinais de demanda a curto prazo, todos os olhares das Tradings se voltam para o segundo semestre de 2023, após a colheita da Safrinha, que já está 96,3% plantada e com 98% em condições boas, no Paraná e sem notícias de problemas no restante do país. Isto significa que poderá haver uma safra realmente maior do que a prevista, fazendo pressão sobre os preços e aliviando a demanda, não apenas interna, como também externa, com a grande oferta brasileira.
No início da semana já começaram a ser feitos os primeiros negócios para o segundo semestre de 2023, com um vendedor de 2.000 toneladas, aceitando R$ 70/saca posto Ferrovia de Maringá, para entrega 2.000 em junho e pagamento em agosto. É o primeiro negócio de que temos notícia para servir de parâmetro para safra nova, bem abaixo do que os vendedores esperam”, completa.
No Paraguai o mercado atinge patamar crítico, com safra 2022 que está 98% vendida. “Negócios lentos também para o milho. Os vendedores estão visando valores cada vez mais altos, enquanto os compradores estão tentando parar as subidas. O mercado uruguaio, que vinha dando um bom suporte para os preços no sul, parece ter reduzido seu interesse, com uma forte entrada de milho quebrado argentino em seu mercado, acalmando diversas demandas. Os compradores locais parecem cada vez mais tranquilos em suas posições, após algumas compras realizadas nas últimas semanas”, conclui.