O milho fechou em nova queda de 0,83% na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), porque os estoques podem encostar na próxima safra, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Depois da correção de 1,22% do dia anterior, o mercado voltou ao seu curso normal, recuando 0,83% nesta terça-feira, diante da grande disponibilidade de produto existente à disposição das indústrias. Só o estado de Goiás, como relatamos abaixo, que não tem uma grande demanda interna, ainda dispõe de mais de 3,0 milhões de toneladas para serem comercializadas”, comenta.
“Juntando com as disponibilidades dos demais estados, este volume chega a pouco mais de 7 MT, mais os estoques das empresas, que estão abastecidas até meados de maio. Com isto, como o consumo médio nacional está ao redor de 6,3 MT, existe a possibilidade de os estoques das empresas encostarem na próxima colheita, que inicia em junho.
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista: o vencimento maio/23 fechou a R$ 793,93, baixa de R$ -0,67 no dia e baixa de R$ -2,65 na semana; julho/23 fechou a R$ 79,95, alta de R$ 0,04 no dia e baixa de R$ -2,13 na semana; o vencimento de setembro/23 foi de R$ 79,75, baixa de R$ -0,06 no dia e baixa de R$ -2,03 na semana”, completa.
Na Bolsa de Chicago o milho fechou em baixa com realização de lucros. “A cotação de maio fechou em baixa de -0,61% ou $ -4,00/bushel a $ 653,75. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em baixa de -1,41% ou $ -9,00 bushel a $ 628,00. O milho fechou em baixa, mantendo a tendência de realização de lucros por parte dos investidores, após uma alta expressiva do cereal nas últimas semanas”, conclui.