“Como se sabe, o clima não foi nada benéfico nos últimos dias na Argentina”
Os negócios atuais do mercado brasileiro para exportação têm apenas compras eventuais para completar embarques, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os prêmios permaneceram a $ 103 cents/bushel para julho23; recuaram para $ 100 para agosto23 e recuaram para $110 para setembro”, comenta.
“Novamente, sem o suporte da dupla Chicago/dólar que, mais uma vez, se anulou e com algumas Tradings encerrando as compras da temporada anterior e se voltando apenas para a soja, neste momento ou para a Safrinha de milho, que começa em agosto próximo, o mercado continuou retraído. Os raros negócios para exportação foram feitos pela mesma Trading, que está comprando há alguns dias, a maior parte para cobrir navios que estão chegando, mas nada para bancar novas posições de negócio. Algumas indústrias de etanol e de moagem de milho estão comprando safra 2023, sinalizando que acreditam em alta no segundo semestre”, comenta.
A Argentina tem o milho FOB americano a US$ 289, milho argentino a US$ 308 e brasileiro a US$ 299. “Hoje os relatórios recebidos de Buenos Aires indicavam preços “não disponíveis”, acompanhados com um relatório informando que “o mercado argentino parado. Começando a sentir sérias preocupações com a saúde e o tamanho das lavouras de milho e soja no país”, indica.
“Como se sabe, o clima não foi nada benéfico nos últimos dias e as perspectivas futuras não são melhores. Vemos temperaturas na faixa de 33 a 36 graus Celsius nos próximos dias e quase nenhuma precipitação no horizonte. Os players do mercado atualmente preveem produções de 35M para milho e (já abaixo) 30M para soja. Com as expectativas do clima atual, ainda há uma desvantagem nos números mencionados, em que a maioria dos originadores está na defensiva em um mercado local com um claro sentimento de alta”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 28/02/2023