“Sem superar as expectativas, o volume das exportações semanais dos Estados Unidos foi uma boa notícia”
A semana de negócios do milho deixou quedas muito leves para os preços do milho em Chicago, onde os contratos de março e maio caíram 0,40 e 0,11%, passando de 267,90 para 266,82 e de 267,01 para $ 266,72 por tonelada, segundo a TF Agroeconômica. “No geral, o milho passou por uma semana com poucos choques e com fatores que não foram capazes de consolidar uma tendência”, comenta.
Dentre os fatores de baixa estão a maior agilidade no plantio do Brasil, a inflação e o petróleo. “No início da semana, a Conab fez um levantamento do andamento do plantio da Safrinha, que contribui com pouco mais de 76% da oferta total do cereal brasileiro – mais de 20% da área prevista, ante 10,7% na semana passada e 35,1% na mesma época em 2022”, completa.
“Na terça-feira foi divulgado o índice de inflação de janeiro nos Estados Unidos e o dado, de 0,5%, que colocou a marca ano a ano em 6,4%, ficou acima do esperado pelas operadoras e ficou longe do objetivo do Federal Reserve, que dificilmente começará a desfazer seu programa de aumento de juros neste ano. Já o petróleo caiu 4,20% na semana, passando de 79,76 para 76,41 dólares o barril”, indica.
Já para os fatores de alta, a consultoria destaca o México sem restrições para milho forrageiro transgênico, e as exportações semanais aceitáveis dos Estados Unidos. “Sem superar as expectativas, o volume das exportações semanais dos Estados Unidos foi uma boa notícia diante da forte concorrência do Brasil. Com efeito, o USDA apurou hoje as vendas de milho para 1.024.500 toneladas, abaixo das 1.160.300 toneladas do relatório anterior, mas a pouca distância do máximo previsto pelas empresas privadas, que movimentavam um intervalo possível entre 600.000 e 1.200.000 toneladas. Dentro de uma demanda diversificada, o México, com 269 mil toneladas, foi o principal comprador”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 27/02/2023