“A (nova) forte quebra de safra do Rio Grande do Sul só assusta os pequenos granjeiros”
A tendência do mercado do milho brasileiro é de que os preços continuem andando de lado, como vem acontecendo há pelo menos cinco meses no Sul do país, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Assim como o trigo, a alta dos preços do milho dependerá do escoamento para exportação, que parece cada vez mais lento, embora haja um fio de esperança na demanda chinesa, que jura que precisará do milho brasileiro para atender as suas necessidades”, comenta.
Com as sobras de mais de 8,0 milhões de toneladas, confirmadas pelo relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) da semana passada e com a perspectiva de um aumento de mais 12,5 milhões de toneladas da próxima safra. Nesse contexto, o mercado de milho no Brasil tem duas características, indica a consultoria.
A primeira é de que os exportadores estão muito devagar porque os preços internacionais não cobrem as pedidas dos vendedores internos. Além disso, os compradores domésticos estão aparentemente tranquilos, abastecendo-se à medida das suas necessidades no Centro-Oeste onde ainda há boa disponibilidade a preços competitivos.
“A (nova) forte quebra de safra do Rio Grande do Sul só assusta os pequenos granjeiros que se abastecem no mercado local. Já os grandes compradores conseguem milho mais barato no Centro-Oeste, em quantidade suficiente para as suas necessidades. Com isto, a tendência dos preços tende a continuar andando de lado, como vem acontecendo há pelo menos cinco meses no Sul do país. Assim como o trigo, a alta dos preços do milho dependerá do escoamento para exportação, que parece cada vez mais lento, embora haja um fio de esperança na demanda chinesa, que jura que precisará do milho brasileiro para atender as suas necessidades”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 13/02/2023