Com isto, as cotações futuras fecharam mistas no dia e no comparativo semanal para todos os meses
Na Bolsa de Mercadorias de São Paulo o Milho voltou a fechar na terceira queda consecutiva, diante da queda expressiva do dólar, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “A equação a ser compreendida sobre a queda das cotações de milho hoje na B3 é a seguinte: queda forte do dólar no Brasil (-1,55%) = menos suporte para exportação = mais disponibilidade interna = menos disputa entre mercado interno e externo = preços teoricamente menores”, comenta.
“O que estamos presenciando no Brasil são grandes compradoras (JBS, BRF, IMPASA) aumentando momentaneamente os seus preços para se abastecer e depois ficar fora de mercado, voltando a pressionar os preços lá na frente, compensando a alta atual. Sabemos que, a partir de fevereiro, as exportações voltarão com força no Brasil, motivo pelo qual as cotações de março em diante se fortaleceram”, completa.
Com isto, as cotações futuras fecharam mistas no dia e no comparativo semanal para todos os meses: o vencimento janeiro/23 fechou a R$ 87,50, queda de R$ 0,14 no dia e de R$ 0,05 na semana (últimos 5 pregões); março/23 fechou a R$ 92,51, alta de R$ 0,33 no dia e de R$ 0,76 na semana e maio/23 fechou a R$ 91,93, alta de R$ 0,27 no dia e de R$ 1,38 na semana.
Em Chicago, a cotação de março fechou em forte alta de 2,29% ou $ 15,0/bushel a $ 671,0. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em alta de 2,0% ou $ 13,0/ bushel a $ 648,50. “Os futuros de milho reverteram perdas e fecharam em alta expressiva nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). Os ganhos foram sustentados por dados de produção dos Estados Unidos que vieram abaixo do esperado. Também os estoques trimestrais de milho tiveram queda de 7,15% sobre o ano anterior”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 13/01/2023