No Paraguai, alguns compradores ainda buscam lotes específicos, mas a maioria está fora
A exportação brasileira de milho será menor em dezembro, mas 111% maior que 2021, segundo estimativas da TF Agroeconômica. “O prêmio de dezembro avançou para $ 65/bushel, julho23 subiu para $ 95 cents/bushel e agosto23 para $95/bushel e setembro não foi cotado”, comenta a consultoria.
“Exportações de milho em 2022 devem superar em 111% volume de 2021. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu sua estimativa de exportação de milho em dezembro, de 6,579 milhões de toneladas previstas na semana passada para 6,191 milhões de toneladas nesta semana, segundo boletim divulgado nesta terça-feira. O número, se confirmado, superará em 86% o total de milho enviado ao mercado externo em dezembro do ano passado, de 3,321 milhões de toneladas. Apesar da revisão para baixo na última semana, a entidade ainda projeta exportação em 2022 de 43,528 milhões de toneladas, volume 111% maior do que os 20,614 milhões de toneladas de 2021”, completa.
No Paraguai, alguns compradores ainda buscam lotes específicos, mas a maioria está fora. “Ainda há interesse comercial nos portos de Asunción, para exportação; esses compradores oferecem preços interessantes, atingindo patamares de melhor preço no ano, claro com qualidade de exportação, mesmo assim o negócio está basicamente parado. O Brasil teve seus momentos de agressividade e emplacou volumes interessantes a seu favor. A safra foi ótima, apesar da qualidade do produto que ofuscou um pouco a safra. Para a próxima safra, embora os números indicados pelos compradores no mercado brasileiro tenham melhorado, os vendedores buscam valores um pouco maiores para começar com novas posições”, indica.
Os preços do milho na argentina são US$ 12/t mais altos que no Brasil. “Os preços flat do milho recuaram para US$ 313 FOB nos EUA, permaneceram a US$ 318 FOB Up River, na Argentina e recuaram para USD$ 305 FOB Santos, no Brasil”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 28/12/2022