Crescimento se dará diante da retomada intensa nas exportações do cereal
Movimentação de milho nos portos brasileiros será recorde em 2022
O ano de 2022 será responsável por estabelecer um novo recorde na movimentação de milho nos portos brasileiros. O volume total movimentado do cereal na soma de exportação e importação, de janeiro até o fim deste mês, ficará na casa das 45 milhões de toneladas.
O estabelecimento de mais um recorde para o agronegócio brasileiro foi destacado pelo diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira. Ele falou sobre a movimentação de milho nos portos brasileiros durante a edição desta terça-feira (20) do boletim ‘AgroExport’. Como de costume, o quadro foi exibido no telejornal ‘Mercado & Companhia’.
Com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior, Ferreira lembrou que em 2019 a movimentação de milho no Brasil foi de 44,2 milhões de toneladas (42,75 de exportação e mais 1,45 de importação). Neste ano, contabilizando até a segunda semana de dezembro, o volume está em 43,12 milhões (soma de 40,57/exportações e 2,55/importações).
“A gente tem um potencial para quase 45 milhões de toneladas movimentadas de milho pelos portos brasileiros”, destacou Ferreira ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva. “A gente teve uma retomada forte das exportações”, observou o apresentador do ‘AgroExport’.
Ainda de acordo com o diretor do Canal Rural, o Brasil passou a atender o mercado internacional diante do conflito no leste europeu. Isso porque, até então, um dos principais produtores — e exportadores — do cereal era a Ucrânia, país que foi invadido pela Rússia em fevereiro.
Outros dois fatores foram apontados como responsáveis pelo crescimento na movimentação de milhos pelos portos brasileiros. O primeiro ponto foi a alimentação, com o aumento da produção nacional de carne de frango e de suínos, com o produto sendo usado nessa cadeia. O outro foi o uso do cereal para a produção de etanol.
Receita na casa dos US$ 10 bilhões
Além do recorde de movimentação a ser estabelecido, Giovani Ferreira chamou a atenção para a parte financeira.
De acordo com ele, pela primeira vez na história, a receita cambial com as exportações do cereal passou dos US$ 10 bilhões. “No momento, faltando duas semanas para os embarques, estamos com US$ 11,5 bilhões. Seguramente, vamos bater nos US$ 12 bilhões”, enfatizou.
Anderson Scardoelli
Canal Rural – 20/12/2022