O Paraguai tem alguma demanda, mas preços não satisfazem
No mercado externo de milho, continua o movimento de cobertura das Tradings, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O prêmio de dezembro recuou para $ 63/bushel, julho23 subiu para $ 88 cents/bushel e agosto23 para $90/bushel e setembro não foi cotado”, comenta.
“Por outro lado, a redução da safra argentina e os novos ataques russos à Ucrânia estão fazendo a demanda internacional voltar-se novamente para o Brasil, elevando o interesse das Tradings na aquisição do grão no interior. Contudo, as baixas cotações de Chicago e do dólar impedem um farm selling maior”, completa.
Os prêmios na Argentina estão 37 cents/bushel mais altos que os brasileiros. “Os prêmios (e preços finais) do milho argentino estão muito mais caros do que os do milho brasileiro. Os preços flat do milho permaneceram a US$ 310 FOB nos EUA, subiram a US$ 315 FOB Up River, na Argentina e recuaram para USD$ 296 FOB Santos, no Brasil”, indica.
O Paraguai tem alguma demanda, mas preços não satisfazem. “Tanto a exportação quanto o mercado interno ainda mostram interesse em novos negócios, já de forma mais tímida. Os preços variam conforme a qualidade do milho, a exportação em torno de 245/7$ e mercado interno 225$ no interior.
O Brasil teve seus momentos de agressividade e emplacou volumes interessantes a seu favor. A safra foi ótima, apesar da qualidade do produto que ofuscou um pouco uma campanha singular. Para a próxima safra, embora os números indicados pelos compradores no mercado brasileiro tenham melhorado, os vendedores buscam valores um pouco maiores para começar com novas posições”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 20/12/2022