A EFSA revelou que só conseguiria concluir o procedimento em julho de 2023
O Comissão Europeia se reuniu novamente para decidir sobre a prorrogação ou não do uso do defensivo glifosato como herbicida, sendo que sua licença expira no dia 15 de dezembro de 2022. Depois da reunião, foi decidido que os produtores rurais poderão usar o produto até o final do ano de que vem, 2023.
De acordo com a revista Vida Rural, de Portugal, a decisão surge após os estados-membros não terem conseguido atingir um voto maioritário para a extensão temporária da licença, sendo que na altura a Comissão Europeia tinha apontado que era “uma obrigação legal” prolongar o prazo até a decisão das agências europeias.
Nesse mesmo cenário, a revista indicou que a Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA) e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) queria que tivessem já concluído a sua avaliação de risco, mas a EFSA revelou que só conseguiria concluir o procedimento em julho de 2023. Tal despoletou todo o processo de prorrogação temporária. “No caso da ECHA, uma comissão de especialistas considerou que “não era justificado” concluir que o herbicida glifosato causa cancro. As declarações causaram controvérsia”, disse a revista.
Na metade de novembro a comissão já tinha se reunido pela segunda vez, sem resultado. Um porta-voz disse, na oportunidade, que “apesar da maioria dos Estados Membros apoiarem a proposta da Comissão, a necessária maioria qualificada não foi, infelizmente, alcançado.” Isto significa que caberá à Comissão prorrogar a autorização até o As agências de alimentos e produtos químicos da UE publicarão seu veredicto no ano que vem sobre a concessão ou não do químico uma nova aprovação da UE.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 14/12/2022