Na Argentina a volta dos feriados trouxe cotações para todo os meses de dezembro a maio
No mercado brasileiro de milho de exportação, os prêmios estão inalterados e a comercialização segue lenta, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O prêmio de dezembro permaneceu em $ 97/bushel, julho23 subiu para $ 50 cents/bushel e subiram em agosto23 para $90/bushel e setembro também a $ 90 cents/bushel”, comenta.
“Até o início deste ano, a China se abastecia de milho praticamente apenas duas fontes: os Estados Unidos e a Ucrânia, mas, após a invasão russa deste último país, esse fornecedor ficou comprometido. Além disso, devido à questão taiwanesa, a relação entre os EUA e a China está em um ponto alto. Nesse contexto, o governo chinês, além de promover maiores compras de produtos alternativos – como sorgo e cevada forrageira –, saiu em busca de novos fornecedores de milho. E estabeleceu negociações com o governo brasileiro com o objetivo de começar a embarcar o milho brasileiro a partir desta safra comercial. Essa notícia, é claro, embora claramente pessimista para o milho dos EUA, tem o efeito inverso na América do Sul em geral e no Brasil em particular. Vale lembrar que o potencial exportador do Brasil é gigantesco”, comenta.
Na Argentina a volta dos feriados trouxe cotações para todo os meses de dezembro a maio. “O relatório das corretoras de Buenos Aires registrou que os prêmios permaneceram, mas as cotações subiram e elevaram os preços finais equivalentes, que terminaram o dia a U$ 288 dezembro, US$ 293 janeiro; US$ 295 fevereiro, US$ 297 março, US$ 295 abril e US$ 293 maio. Os preços flat do milho subiram para US$ 307 FOB nos EUA, subiram aUS$ 310 FOB Up River, na Argentina e subiram para USD$ 289 FOB Santos, no Brasil”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 13/12/2022