Na Argentina, os preços finais equivalentes continuam caros para importações brasileiras
As janelas para o milho paraguaio estão se fechando, com a proximidade das festas e também com o problema de logística, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “A proximidade das festividades e as complicações logísticas basicamente tornam difíceis os negócios com destino para o Brasil neste momento, e muitos compradores até preferem não indicar números sabendo da possibilidade de não receber o produto ainda dentro do ano fiscal, então já indicam para o próximo trimestre, mas os valores, considerando o porte do produto, não parecem muito atrativos aos olhos do vendedor”, comenta.
“O mercado da FAS Assunção está perdendo força, com compradores protegendo suas posições e o final do ano também se aproxima, e a logística para janeiro seria toda de soja nos portos, então a janela de negócios está se fechando. A demanda local, que poderia absorver lotes de menor qualidade, também não se mostra muito ativa, com estoques relativamente confortáveis no momento, mas para o próximo semestre devem voltar a comprar, mas o volume de produto disponível no mercado deixe um pouco mais tranquilo”, completa a consultoria.
Na Argentina, os preços finais equivalentes continuam caros para importações brasileiras. “O relatório das corretoras de Buenos Aires registrou prêmios estáveis. Com isto os preços finais equivalentes terminaram o dia a U$ 285 dezembro, 302 janeiro, março 306, 303 abril e maio e 265 julho. Os preços flato do milho fecharam esta terça- feira a US$ 336 FOB nos EUA, US$298 FOB Up River, na Argentina e USD$ 293 FOB Santos, no Brasil”, indica.
“Os negócios de exportação milho são feitos com base em prêmios, mas nós os convertemos aqui em US$/t para dar uma ideia do que poderiam significar em termos de custo efetivo para os importadores brasileiros”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 16/11/2022