“As cotações do milho caíram na Bolsa de Dalian, na China”
Finalmente saiu a autorização para exportar milho para a China e isso mexeu no mercado de exportação, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Novembro subiu para $ 80 e dezembro recuou para $ 85/bushel, julho23 permaneceu a $43 cents/bushel e agosto23 permaneceu em $ 80. O preço flat FOB do milho brasileiro subiu para US$ 302/t, contra US$ 361/t do milho americano e US$ 305/t do milho argentino”, comenta.
“As cotações do milho caíram na Bolsa de Dalian, na China, hoje, segundo Agrinvest. A queda do milho se explica pela autorização dos terminais de embarque de milho no Brasil. A Alfandega da China autorizou 136 terminais de milho e 14 de farelo de soja. Traders no Brasil esperam 2 milhões de toneladas de milho para China até o final de janeiro”, completa.
“Difícil dizer um número, mas se poderia apontaria: 1) a cota de importação sem tarifa de 7,5 milhões de toneladas para esse ano já estourou; 2) a importação de milho fora da cota não dá conta. O milho chegaria na China mais caro que o preço local e; 3) para a safrinha de 2023 o volume pode deslanchar, o que vai tirar volume dos EUA – negativo para a CBOT e 4) qual será o prêmio que o mercado vai assumir (milho China). Se esse prêmio existir e se for alto, a demanda dos demais compradores migraria para os EUA? Essas são questões importantes, uma vez que poderia afunilar muito os negócios, os corredores de exportação e a precificação no interior”, indica a consultoria.
Na Argentina os prêmios recuaram. “Preços FOB Up River para navios Handysize recuaram para o equivalente a US$ 275 novembro e para US$ 285 dezembro. Para safra nova, março recuou para US$ 307, abril recuou para US$ 309, maio para US$ 309 e julho para US$ 269. Mercado de Panamax não teve cotação”, conclui a consultoria agroeconômica.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 04/11/2022