O Paraguai tem um mercado muito calmo, com fornecedores querendo vender lotes inferiores
Os prêmios para o milho brasileiro destinado à exportação voltaram a recuar, assim como o dólar e mercado não anda, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Novembro subiu para $ 60 e dezembro para $ 90/bushel, julho23 subiu para $43 cents/bushel e agosto23 permaneceu em $ 80”, comenta.
“O preço flat FOB do milho brasileiro subiu forte para US$ 293/t, contra US$ 373/t do milho americano e US$ 307/t do milho argentino. Vendedores continuam pedindo preços elevados, que inviabilizam negócios, mesmo com a queda de mais 0,91% do dólar”, completa a consultoria.
O Paraguai tem um mercado muito calmo, com fornecedores querendo vender lotes inferiores. “Com boas altas de preços, o vendedor tinha boas expectativas para os valores na FAS durante o dia, mas os números não refletiram toda a alta, com as bases corrigidas e, com isso, os negócios ficaram limitados. Muitos fornecedores continuam buscando lotes com padrões menos exigentes, entre 6 e 10% danificados, mas a demanda por essas qualidades tem sido menos ativa nos últimos dias. O mercado brasileiro mantém indicações estáveis, mas sem conseguir despertar o interesse dos vendedores, alguns buscando negócios para entregas no primeiro trimestre do ano que vem”, indica.
O milho argentino tem prêmios que recuaram, mas a Bolsa de Chicago subiu e preços equivalente, também. “Preços FOB Up River para navios Handysize subiram para o equivalente a US$ 284 novembro e US$ 288 dezembro. Para safra nova, março recuou para US$ 313, abril subiu para US$ 313, maio para US$ 313 e julho para US$ 277. Mercado de Panamax cotou US$ 294 para novembro. Os negócios de exportação milho são feitos com base em prêmios, mas nós os convertemos aqui em US$/t para dar uma ideia do que poderiam significar em termos de custo efetivo para os importadores brasileiros”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 02/11/2022