“O mercado reage fracamente à decisão da Rússia de retornar ao acordo com Ucrânia”
O milho na Bolsa de Chicago fechou em forte queda com a volta da Rússia ao acordo, clima bom nos Estados Unidos e demanda fraca, segundo informações da TF Agroeconômica. “A cotação de dezembro fechou em queda de 1,61% ou $ 11,25/bushel, a $ 686,50. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em queda de 1,46% ou $ 10,25/ bushel a $ 692,25”, comenta.
“O mercado voltou a retroceder, infectado pelo trigo. O mercado reage fracamente à decisão da Rússia de retornar ao acordo com Ucrânia, Turquia e Nações Unidas. O bom tempo para os EUA permitirá que a colheita continue em bom ritmo. A preocupação com o desempenho da demanda acrescentou um sentimento de baixa”, completa.
O NASS reportou a moagem de setembro de milho para etanol em 383,09 mbu. “Esse foi o menor puxão de setembro desde que os relatórios começaram em 2015. Os traders estavam procurando 394 mbu entrando no relatório. Em agosto, foram utilizados 430,7 mbu para a produção de etanol. O Ministério Ag da Ucrânia informou que 13,4 MMT de embarques de grãos para a temporada até 2/11. Isso caiu 32% em relação ao ano passado e incluiu 7,1 MMT de milho, que aumentou 3 vezes”, indica.
“A StoneX elevou sua estimativa para a produção de milho do Brasil em 2022/23 para 129,9 MMT, de 126,3 MMT. A AgRural do Brasil teve 56% do milho 1ª safra plantado em 27/10. No Brasil os protestos não afetaram os embarques e isso aumentou 5% pontos ao longo da semana e 63% no ano passado. Relatos na rede sugerem que caminhoneiros brasileiros começaram a bloquear estradas em protesto contra a eleição presidencial de Lula. Os embarques de exportação ainda não foram impactados e não há indicação de duração dos mais de 200 protestos em 20 estados”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK -03/11/2022