O Paraná tem poucos negócios no mercado interno e 20 mil toneladas na exportação, pelo menos
O mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul está parado, enquanto a exportação segue na mesma, com indústrias comprando fora, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O mercado gaúcho de milho está terminando o 10º mês seguido andando de lado, porque os compradores conseguem matéria-prima fora do estado a preços menores do que os vendedores locais desejam. Alertamos que a não-comercialização acumula estoques e continuará mantendo preços baixos também depois que vier a safra nova, daqui a dois meses e meio”, comenta.
“Fábricas seguem se abastecendo com milho do Centro-Oeste, que chega ao estado mais competitivo. Interesse de compra recuou mais R$ 1/saca para R$ 92,00 até R$ 94,00 POSTO FÁBRICAS, dependendo da localização, para o mercado diferido. Mas não se acham ofertas. Com a queda do dólar (1,07%), que anulou a alta de 0,81% da CBOT as Tradings não tiveram suporte para melhorar os preços de exportação, como queriam muitos vendedores, de modo que não houve negociações hoje, no estado”, completa.
Santa Catarina tem mercado quieto, sem negócios locais, nem exportação. “Mercado de milho no estado, sem mudanças. No mais tudo na mesma balada: vendedor achando que o preço é pouco e comprador querendo baixar. No mercado local os vendedores falam em R$ 95/saca FOB. Os compradores estão tentando trazer o mercado para trás, diante do grande estoque ainda disponível. Muitos até estão estudando trocar a fórmula da ração para colocar trigo também, que neste ano, terá uma produção maior”, indica.
O Paraná tem poucos negócios no mercado interno e 20 mil toneladas na exportação, pelo menos. “Poucos negócios, novamente. No Oeste apenas granjeiros pagaram R$ 86/saca prazo curto e em Londrina surgiu uma oferta barata a R$ 85,50, logo absorvida. Na Ferrovia, 10.000 tons a R$ 87 pagamento em janeiro. Exportação negociou outras 10k no Paranaguá, pelo menos, pagando R$ 87 FOB nos Campos Gerais, equivalente a R$ 92/saca em Paranaguá, para janeiro”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 21/10/2022