Vendedores aumentaram suas pedidas no Paraná, mas o mercado recuou
O mercado gaúcho de milho acumulou o 10º mês seguido andando de lado, porque os compradores conseguem matéria-prima fora do estado a preços menores do que os vendedores locais desejam, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Alertamos que a não-comercialização acumula estoques e continuará mantendo preços baixos também depois que vier a safra nova, daqui a dois meses e meio. Fábricas seguem se abastecendo com milho do Centro-Oeste, que chega ao estado mais competitivo. Interesse de compra recuou mais R$ 1/saca para R$ 91,00 até R$ 93,00 POSTO FÁBRICAS, dependendo da localização, para o mercado diferido. Mas não se acham ofertas”, comenta.
Santa Catarina tem mercado quieto, sem negócios locais, nem exportação. “Mercado de milho no estado, sem mudanças. No mais tudo na mesma balada: vendedor achando que o preço é pouco e comprador querendo baixar. No mercado local os vendedores falam em R$ 95. Os compradores estão tentando trazer o mercado para trás, diante do grande estoque ainda disponível. Muitos até estão estudando trocar a fórmula da ração para colocar trigo também, que neste ano, terá uma produção maior. Mas, a maior parte do abastecimento do estado continua vindo do Centro-Oeste do Brasil, Paraná e do Paraguai, que tem preços competitivos”, completa.
Vendedores aumentaram suas pedidas no Paraná, mas o mercado recuou. “Interior do PR poucos lotes rodando no oeste a R$ 89,00 posto fábricas, com 2 mil toneladas em Toledo sendo negociadas. Norte/norte pioneiro sem negócios, sudoeste pequenas granjas tomando a R$ 88 regionalmente – volumes não expressivos, foi isso. Dia mais quieto hoje no milho. Como era de se esperar, os produtores aumentaram as pedidas, hoje o milho mais barato no porto já se encontrava na casa dos R$ 93,00 no curto prazo, mas as tradings não conseguiam pagar com a bolsa de Chicago caindo uns 7 pontos, e um dólar pouco mais fraco”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 18/10/2022