Mesmo assim, volume ficou 5% abaixo da estimativa da Anec
O Brasil exportou 6.780.334,9 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) no mês de setembro, de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado nos 21 dias úteis do mês ultrapassa em 137,89% o total de 2.850.171,7 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de setembro de 2021.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 322.873,1 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 137,9% com relação as 135.236,3 do mês de setembro de 2021.
O consultor de grãos e projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, destaca que é o cenário de exportação que está balizando os preços de milho no Brasil, funcionando como fundo de preços.
“A gente ainda tem 40% do milho segunda safra para ser negociado na mão do produtor. É algo em torno de 35 e 38 milhões de toneladas e com toda pressão por espaço físico que pode vir agora, com a colheita da soja lá para janeiro, a gente pode ter em outubro e novembro um movimento”, diz.
No final de setembro, a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) havia reduzido sua estimativa de exportação de milho em setembro de 7,618 milhões de toneladas para 7,132 milhões, patamar que acabou sendo cerca de 5% maior do que o efetivamente registrado.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 1,922 bilhão no período, contra US$ 534,134 milhões de todo setembro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 260% ficando com US$ 91,562 milhões por dia útil contra US$ 25,435 milhões no último mês de setembro.
Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 51,3% no período, saindo dos US$ 187,40 no ano passado para US$ 283,60 neste mês de setembro.
Guilherme Dorigatti
Notícias Agrícolas – 03/10/2022