O Paraná teve raros negócios nesta sexta-feira, exportação ausente
No estado do Rio Grande do Sul, a comercialização do milho não anda e a nova safra já está plantada, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “A comercialização do milho gaúcho continua travada no mercado de lotes, andando apenas no mercado de balcão, para aquelas indústrias que recebem direto do produtor, vinculadas a cooperativas e cerealistas. Mas, no geral está acumulando estoques que poderão se juntar à produção da safra de verão, que já está 56% plantada, segundo a Emater-RS”, comenta.
“O mercado gaúcho de milho continua andando de lado porque os compradores conseguem matéria-prima fora do estado a preços menores do que os vendedores locais desejam. Fábricas seguem se abastecendo com milho do Centro-Oeste, que chega ao estado mais competitivo. Interesse de compra recuou R$ 2/saca para R$ 92,00 até R$ 94,00 POSTO FÁBRICAS, dependendo da localização, para o mercado diferido. Mas não se acham ofertas”, completa.
A mesma análise vale para o milho catarinense, enquanto mercado de lotes acumula estoques. “O mercado de Santa Catarina tem uma característica diferente do RS: tem um percentual maior de cooperativas industrializadas, que consomem o milho dos seus associados e, desta forma, escoa a produção, sob a forma de suínos e aves. Somente o mercado de lotes puro (o dos cerealistas) é que está pouco movimentado e seus estoques devem juntar-se à produção da safra de verão, em dezembro, mas em quantidade menor. De qualquer forma, será um fator a mais de baixa no mercado, porque aumentará a oferta”, indica.
O Paraná teve raros negócios nesta sexta-feira, exportação ausente. “Novamente, dia de poucos lotes negociados nesta sexta-feira. Pedidas dos produtores em todo o PR a partir de R$ 85 FOB e industrias oferecendo esse preço CIF, basicamente No Oeste 2 mil tons negociadas a R$ 86 CIF; em Guarapuava negócios a R$ 85 com pagamento curto, provavelmente revendida no porto a R$ 90, com prazo mais longo, 3 mil tons. No mais realmente bem quieto”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 03/10/2022