Na Argentina os preços equivalentes voltaram a subir e afastaram mais o Brasil
A alta na Bolsa de Chicago levou a mais vendas de exportação do milho no Brasil, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Nos portos de Santos-SP e Tubarão-ES o prêmio de outubro subiu para $60 cents/bushel, sem comprador; novembro recuou a 73, sem comprador, dezembro também subiu para 91. A alta de Chicago nesta sexta-feira, de 1,27% com o dólar praticamente inalterado, deu algum suporte à melhora de preços no mercado brasileiro, o que manteve um farm selling contido, principalmente nos estados do Centro-Oeste, menor do que no início da semana”, comenta.
No Paraguai os preços ainda não são estimulantes para os vendedores. “Os preços estáveis dos cereais continuam a limitar os negócios. Os vendedores, embora tenham corrigido ligeiramente suas intenções de preço, os valores continuam um pouco acima dos valores apresentados nos mercados FAS ou no Brasil, dificultando a realização de negócios. A logística na fronteira continua lenta, devido ao grande volume de caminhões, o que também vem limitando o interesse dos vendedores no mercado brasileiro neste momento”, completa.
Na Argentina os preços equivalentes voltaram a subir e afastaram mais o Brasil. “Preços FOB Up River para navios Handysize subiram para o equivalente a US$ 279 outubro, US$ 283 novembro e US$ 287 dezembro. Para safra nova março cotou o equivalente a US$ 285, junho a US$ 275 e Julho a US$ 264. Mercado de Panamax subiram para US$ 293 outubro, sem cotações para os demais meses. Os negócios de exportação milho são feitos com base em prêmios, mas nós os convertemos aqui em US$/t para dar uma ideia do que poderiam significar em termos de custo efetivo para os importadores brasileiros”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 03/10/2022