“Com isto, as cotações futuras fecharam em alta”
A alta do dólar no dia de ontem foi maior do que a queda da Bolsa de Chicago e isso acabou favorecendo o milho na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “A alta de 0,85% da cotação do dólar nesta quinta-feira, maior do que a queda de 0,15% da cotação do milho em Chicago, favoreceu a exportação do cereal no Brasil, permitindo que os compradores oferecessem preços levemente maiores. Mesmo que os vendedores do físico desejam pelo menos R$ 80,00/saca posto seu armazém, hoje houve algumas negociações, principalmente no Paraná, que deram alguma sustentação às cotações do mercado futuro”, comenta.
“Com isto, as cotações futuras fecharam em alta: o vencimento novembro/22 fechou a R$ 89,03, alta de R$ 0,19 no dia e queda de R$ 0,63 na semana (últimos 5 pregões); janeiro/22 fechou a R$ 93,73, alta de R$ 0,39 no dia e de R$ 0,28 na semana e março/23 fechou a R$ 96,39, queda de R$ 0,34 no dia e alta de R$ 0,41 na semana”, completa.
A cotação de dezembro fechou em leve queda de 0,15% ou $ 1,0 cents/bushel a $ 669,50. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em queda de 0,44% ou $ 0,50/bushel a $ 676,0.
“Apesar do enfraquecimento do dólar, a forte queda na produção de etanol pode fazer o USDA elevar os estoques, como é a aposta da maioria dos analistas. O USDA informou que 512 mil toneladas de milho foram vendidas para exportação durante a semana de 22/09. Isso foi acima de 182k T na semana passada e foi 38% acima da mesma semana do ano passado. As expectativas dos analistas eram entre 250k T e 800k T. O México foi o principal comprador da semana. A FAS também registrou 160 mil MT de vendas em 23/24 para o México”, conclui.
Leonardo Gottems
Agrolink – 30/09/2022