O Paraná negociou cerca de 50 mil toneladas nesta sexta-feira
O mercado do milho do Rio Grande do Sul está absolutamente parado, alimentando-se do Centro-Oeste, segundo a TF Agroeconômica. “Há mais de dois meses o mercado interno gaúcho de milho segue lateralizado, com compradores e vendedores locais, muito ausentes. Reporte de alguns negócios muito pontuais a R$ 90,00 FOB interior”, comenta.
“Fábricas com foco total em comprar/receber contratos do centro-oeste, olham ofertas novas, mas suas indicações são muito aquém do que o vendedor deseja. Interesse de compra no RS situa-se entre R$ 91,00 até R$ 92,50 posto fábricas, dependendo da localização, para o mercado diferido”, completa.
Santa Catarina tem poucos negócios locais, compras no Paraguai e no Centro-Oeste. “Milho local quase não roda. O pessoal continua querendo preços muito altos ainda: vendedores de R$ 92,00 para cima FOB e esses os mais baratos, porque, de Campos Novos para o oeste é R$ 95 para cima. Mas, se começar a girar a R$ 95,00, pode ter certeza que reajustam para R$ 100,00. A grande verdade é que o vendedor em SC quer R$ 100,00 no milho e R$ 200,00 na soja. Os compradores continuam ausentes do mercado local, abastecidos que estão pelo recebimento de contratos do Centro-Oeste que lhes chegam ao redor de R$ 85- 87/saca”, indica.
O Paraná negociou cerca de 50 mil toneladas nesta sexta-feira, distribuídas entre mercados interno e externo. “Mercado interno rodou em Ponta Grossa a R$ 85,00 FOB, um real acima do dia anterior, em pelo menos 6000 tons. Também houve vários negócios que totalizaram em torno de 3.000 toneladas no Oeste, a R$ 83/84 FOB, conforme o pagamento. Apesar da grande disponibilidade interna, algumas empresas continuam se abastecendo no Paraguai, diante de preço mais competitivo”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 12/09/2022