Os fundos de investimento especulativo estão aumentando sua aposta na alta de preço
Três fatores indicam alta no preço do milho no último Relatório da Previsão da Oferta e Demanda Agrícola Mundial (WASDE, na sigla em inglês), aponta a Consultoria TF Agroeconômica. Por outro lado um fator preocupa mais a equipe de analistas de mercado no documento divulgado no final da semana passada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Para a atual safra 2021/22, os estoques mundiais menores (311,84 milhões de toneladas) do que o esperado pelo mercado (312,4 MT), mas bem maiores do que os da safra anterior (293,25MT) é um fator altista a curto prazo, analisam. Porém, o alerta é de que esse indicador pode se tornar baixista a longo prazo.
Já a próxima safra 2022/23 apontou estoques dos EUA menores (35,27 MT) do que o esperado pelo mercado (36,56 MT) e bem menores do que a safra anterior (38,86 MT) – o que é fator fortemente altista.
Outro fator fortemente altista são os estoques mundiais da próxima safra 2022/23, que também vieram menores (306,7 MT) do que o esperado pelo mercado (309,8 MT) e bem menores do que a safra anterior (311,84 MT).
O único fator baixista a curto prazo para a safra atual 2021/22 são os estoques maiores nos EUA (38,86 MT) do que o esperado pelo mercado (38,4 MT) e bem maiores do que os da safra anterior (31,36 MT).
FUNDOS APOSTAM NA ALTA DO MILHO
Ainda de acordo com os analistas da TF Agroeconômica, os fundos de investimento especulativo aumentaram sua compra líquida em futuros e opções de milho. Foram 12.141 contratos na semana que terminou em 09/08, aponta o relatório do CFTC (Commitment of Traders). Eles elevaram essa posição comprada líquida para 142.062 contratos na última terça-feira.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 15/08/2022